Sueli de Moraes tem uma trajetória plural que transita entre arte e gastronomia, marcada  pela paixão pela arte e pela vontade de criar espaços que conectam pessoas. Este ímpeto possibilitou que sua habilidade de gerenciar projetos a introduzisse na curadoria. A exposição Ocupação S.A. (2009) se estabeleceu como um laboratório que contribuiu para sua experiência a partir de um trabalho de escuta, de estudo da maneira como se comunica uma obra de arte e compreensão do espaço, a partir da expografia, que deu início à Cuiabá 153. A casa se tornou espaço de diálogo, pesquisa e investigação artística. 

Sueli tem permeado, a partir disso, a proposição de encontros entre artistas e público partindo de vivências tanto dentro da arteterapia, quanto do projeto Portões que Falam, do qual, por meio de residência artística e imersão em Lille (FRA), pelo Les fenêtres qui Parlent, pôde traduzir os valores do trabalho coletivo, de tornar possível o acesso às artes em diferentes circuitos, bem como diálogo entre artistas com experiências e repertórios distintos. Assim como, pôde estabelecer um trabalho e criação de programações multiculturais dentro e fora da Cuiabá 153, eventos que transitam entre música, artes visuais e gastronomia.