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Portões
que Falam

“Portões que Falam” é uma iniciativa inovadora de arte pública que há dez anos transforma dois bairros na cidade de Santo André, São Paulo, em uma galeria a céu aberto e que pretende avançar a outros territórios. Neste projeto, artistas de todas as origens e idades criam arte a partir de um tema e as expõem nos portões das casas participantes. 
O projeto democratiza o acesso à arte, ressignifica e revitaliza as ruas, promove o diálogo cultural com a comunidade, fomentando o sentimento de pertencimento.

Realizamos cinco edições: “Máscaras/Manchas” em 2014, (13 portões);  "Indígenas” em 2016, (54 portões); “Inteligência Artificial” em 2018, (75 portões); “Infância” em abril de 2022, (86 portões), e nesse mesmo ano, apresentamos a 1ª Mostra Cuiabá 153 de Cinema. A 5ª edição foi norteada pelo tema “Fome” em março de 2024, com 104 portões participantes.

Objetivos

O maior objetivo deste projeto de arte pública é promover acesso à arte, e interações entre moradores, artistas e visitantes. PQF pretende proporcionar experiências e transformar, por meio da arte,  os espaços urbanos, as pessoas, as comunidades e seus grupos de convívio.

Esta ação de arte pública mostra que interferir em um portão pode causar alegria e satisfação a todos aqueles que passeiam pelas calçadas e conversam uns com os outros sem medo. Esta tarefa árdua e prazerosa do projeto de integrar artistas e residentes é efetiva e usa como princípio o respeito ao próximo, a organização de redes de vizinhança e apoio mútuo.

Origem

O projeto Portões Que Falam surgiu quando Suca Moraes, idealizadora da casa cultural Cuiabá 153 (2009), recebeu o convite em 2012 para realizar uma versão brasileira do projeto francês Les Fenêtres Qui Parlent (Janelas que Falam).


Em acordo com a Réso Asso Métro, associação de habitantes de Lille/França que produz efetivamente o Les Fenêtres Qui Parlent (FQP), o projeto recebeu o nome de “Portões que Falam” (PQF), devido a realidade brasileira ter portões diretamente nas calçadas, e não janelas, como na França.
E, diferente da ação francesa que mantém as obras de arte durante 30 dias nas janelas, na ação brasileira, as obras são mantidas por dois dias nos portões das casas, o que caracteriza um final de semana de grande agito para os bairros, a cidade e territórios vizinhos. O evento acontece num quarteirão de calçada ininterrupta, envolvendo sete ruas das Vilas Alzira e Assunção. Se estabeleceu uma parceria solida entre os projetos que possibilitou intercâmbios de obras, conferências e trocas valiosas.

Edições

Nossa experiência e pesquisa nos levaram a acreditar que trabalhar com temas é uma forma mais abrangente e horizontal da arte falar a todos os públicos, sem ruídos, principalmente porque um dos objetivos da ação é dar acesso às pessoas que nunca entraram em um museu ou uma instituição com espaços expositivos. Os temas são discutidos e decididos entre os participantes e, posteriormente, cursos, palestras e ações são realizadas para possibilitar discussões relevantes para a comunidade e dar embasamento para os artistas produzirem seus trabalhos.

Artistas

Todas as pessoas com interesse em arte podem participar do projeto, contamos, ao longo de nossa história, com artistas iniciantes e experientes, inseridos ou não no sistema da arte, representados por galerias e também professores de arte e de projetos sociais que realizaram obras de arte coletivas, artistas de diversos estados e também de outros países. De modo que, nosso objetivo é possibilitar trocas e aprendizado para todos os participantes, assim como tornar acessível o conhecimento acerca da elaboração de projetos, apresentação do artista e da obra para preparar os participantes para editais e outros projetos que venham a integrar profissionalmente.

Os artistas participantes têm acesso a:​

  • Ampliação da visibilidade dos artistas na esfera pública, capacitando-os com as ferramentas e conhecimentos necessários para uma boa apresentação em sua carreira nas artes;

  • Criação de mini biografias profissionais;

  • Articulação da poética e dos conceitos que compõem as suas obras;

  • Escrita de textos e memorial descritivo que explicam e esclarecem o significado de seu trabalho; 

  • Articulação com questões burocráticas na elaboração de uma proposta, facilitando a realização de projetos complexos de trabalho;

  • Participação na seleção de exposições para espaços públicos e privados na cidade de Santo André e ABC paulista;

  • Inclusão nas mídias sociais da Cuiabá 153, fortalecendo a sua visibilidade no Estado de São Paulo;

  • Acompanhamento artístico durante os meses de produção em encontros virtuais e presenciais;

  • Professores e escolas públicas e/ou particulares recebem atenção especial com apresentações acerca da trajetória do projeto com explicações e reflexões de seu funcionamento;

  • Oficinas e cursos de formação, vivências e workshops com profissionais capacitados;

  • Materiais gráficos comprobatórios;

  • Dois dias de exposição e visitas guiadas com acessibilidade.

Coordenadores

Os coordenadores do projeto são, antes de tudo, artistas que também participam com suas produções. Eles são selecionados com base na percepção da idealizadora do projeto, quanto a visão artística, capacidade de liderança e organização. São os que se destacam para além da maturidade artística, pela sua capacidade de compreender os meandros do projeto e os comunicar de forma clara aos colegas artistas. As suas diversas habilidades e conhecimento os qualificam ainda mais, facilitando a comunicação pelas complexidades do planejamento e coordenação dos projetos, além de desempenhar um papel fundamental de liderança necessária para a realização do projeto.

Parceiros

O projeto conta com artistas parceiros trabalhando em infraestrutura, montagem, revisão de texto, design, no registro fotográfico e audiovisual dos Portões que Falam e outras atividades da Casa Cultural, de modo a possibilitar material profissional de documentação das atividades e das obras para os artistas, assim como uma melhor apresentação dos nossos projetos.

Nota da idealizadora Suca Moraes

Transformar a minha residência em um ponto cultural foi um acontecimento natural e fluido, como se o universo estivesse manipulando para que assim o fosse. A primeira exposição de arte, aberta ao público, se deu em 2009. E, inebriada pela experiência singular, planejei a segunda exposição, realizada em 2011. No ano seguinte, recebi um convite para realizar uma versão do evento francês Les Fenêtres Qui Parlent no Brasil. Em acordo com os organizadores franceses, adaptamos o nome do evento para Portões Que Falam,  mais de acordo com a realidade brasileira, e em 2014 foi realizada a nossa primeira edição do evento de arte pública.

 

Ao iniciar esta jornada pelos caminhos da arte pública, fui infinitamente influenciada pela trajetória do evento francês Les Fenêtres Qui Parlent, pela grande festa e pela forma voraz com que os residentes daquele país tomam as ruas. É sempre emocionante ver e presenciar a satisfação com que aquelas pessoas se apoderam das ruas. E eu passei a desejar aquela mesma vibração para o meu povo. 

 

A dimensão que o projeto alcançou só me enche de orgulho e realização com as conquistas até o presente momento. Promover o Portões Que Falam, tornou-se uma grande responsabilidade social, e tarefa difícil,  coordenando e fomentando a cultura de forma independente, sem patrocínio, apoio financeiro ou governamental. Mas inspirações não me faltam para seguir adiante. 

 

Expresso a minha sincera gratidão pelo apoio de todas as pessoas que acreditam no PQF. Aos moradores, que generosamente permitem que os artistas produzam arte para os seus portões “falarem” em um fim de semana. Aos artistas, que entendem o projeto como um grande portal de novos desafios. E, principalmente, aos artistas coordenadores, atuais e aos que já estiveram nessa função, pela dedicação voluntária e respeito ao projeto."

Suca Moraes

ENDEREÇO

Entrada pela Travessa Padre Navarro, 163

Rua Cuiabá 153, Vila Alzira
Santo André, SP

Brasil

CONTATO

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CNPJ 50.905.533/0001-90

© 2025 por Bruna Marassato

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