Recordo que o tema da primeira edição do nosso evento de arte pública Portões Que Falam, realizado em 2014, surgiu e se transformou ao longo das conversas que tive com os artistas que convidei. A ideia inicial, talvez impulsionada pelo meu desejo de incluir pinturas e desenhos na exposição, evoluiu à medida que explorávamos os significados dessas linguagens artísticas, focando nas linhas, traços e manchas presentes nas obras. Assim, meu discurso se transformou em um ensaio sobre palavras (mal)ditas, que podem deixar marcas (manchas) profundas em uma pessoa, assim como as inúmeras máscaras que usamos ao interagir com diferentes pessoas. No final, percebi que essa narrativa havia adquirido novas camadas, culminando no tema 'Máscaras e Manchas'.